DOMINGO IV DA QUARESMA
São protagonistas da famosa parábola do Evangelho de hoje: um pai e os seus dois filhos. O Pai (Deus) é o paradigma de todas as virtudes: da generosidade, compaixão, misericórdia, perdão; ou seja, do Amor incondicional e ilimitado. Os filhos representam a humanidade, criada por Deus à sua imagem e semelhança, e tão amada por Ele que a torna livre, para que possa continuar perto de Si (o filho mais velho, “o fiel”) ou o queira abandonar (o filho mais novo, “o pródigo”).
A parábola mostra-nos que nem o ‘filho bom’ é tão bom (ciumento invejoso, rancoroso…), nem o ‘filho mau’ é tão mau (embora por causa da fome, ele vem ter com seu Pai e manifesta arrependimento). A única figura modelar é o Pai, que ama por igual os dois filhos, possuidores de defeitos e de virtudes, e sai ao encontro de ambos.
Poderíamos identificar a nossa conduta – no seio das nossas famílias – com qualquer um dos dois irmãos, mas dificilmente o faríamos com a do Pai, cujo amor, sem dúvida, nos excede a todos, uma vez que ao longo da vida passámos por momentos e situações que nos tornam indignos de ser chamados “cristãos”. Só a certeza da eterna misericórdia de Deus nos estimula a começar de novo e a crescer em misericórdia para com os demais.
Proposta para cuidar da família, durante esta semana:
Levar a cabo permanentemente a tarefa educativa com os nossos filhos e demais familiares (independentemente da idade ou das circunstâncias que sobrevenham), para os ajudar a viver o imenso Amor de Deus, como única orientação ética de conduta que nos leva a ajudar, a partilhar, a perdoar, ou a pedir perdão, sem nada exigir em troca.
Pilar Jiménez y Fernando Hernández
