Apenas um dia após a minha primeira profissão, ainda estou a assimilar tudo o que vivi—dar essa resposta formal a Deus. Sempre soube que este momento representaria a minha consagração ao Espírito e ao coração da nossa Mãe, algo de que fui tomando consciência ao longo deste último ano de noviciado. Foi um ano verdadeiramente especial, e estou profundamente grato à Congregação por me ter permitido vivê-lo.
Ao olhar para trás, fico admirado com tudo o que cresci, tanto pessoalmente como na minha vocação missionária. A palavra missão está gravada para sempre no coração. Foi isso que António Sanjuan sempre me ensinou—uma pessoa que esteve muito presente no momento da minha profissão. Nunca esquecerei o dia em que ele chamou a minha atenção durante a missa em Almendralejo e me apresentou aos claretianos.
Um ano é tempo suficiente para que muitas coisas aconteçam. E, sem dúvida, senti-me “moldado” na forja do Coração de Maria, especialmente através da figura de Claret. Conheci Claret de uma forma muito profunda, graças aos meus formadores e aos workshops que tivemos durante o noviciado. Descobri que a sua vida e missão são verdadeiramente fascinantes. Sabia que seria um ano único e esforcei-me por vivê-lo ao máximo—não apenas passar pelo noviciado, mas permitir que o noviciado passasse por mim. Estou absolutamente seguro de que foi isso que aconteceu.
Levo também comigo o apoio e o carinho incondicional dos meus irmãos de comunidade, entre os quais fiz amigos para a vida, bem como a hospitalidade calorosa das pessoas incrivelmente generosas da Argentina, que nos acolheram de braços abertos nas suas casas e nas diversas actividades pastorais. E essa é a beleza da missão—as pessoas. Olhar nos seus olhos e, enquanto falamos com elas, rezar em silêncio a Deus.
Regresso com o compromisso renovado de continuar a crescer e a transformar-me, pedindo a Deus a graça de continuar a conhecê-Lo, a amá-Lo, a servi-Lo e a louvá-Lo—e ajudar os outros a fazerem o mesmo.
Córdoba, Argentina, 7 de Janeiro de 2025
Javi Campos, CMF