Dia 30: começa a fase eleitoral

A celebração eucarística (de invocação do Espírito Santo) presidida pelo P. Mathew Vattamattan (Superior Geral) marcou o início deste quarto dia do Capítulo. A cerimónia teve início às 7:30 e nela também se inseriram as Laudes.

Tocou hoje ao P. Abílio Ramos, exercer a função de moderador das sessões capitulares.

A sessão da manhã consistiu de vários momentos.

Num primeiro momento decorrido na sala capitular, após uma breve meditação bíblica mariana, fez-se a invocação do Espírito Santo e procedeu-se à leitura e aprovação da ata referente ao dia anterior. Em seguida o Pe. Geral ofereceu uma pequena reflexão sobre a mística claretiana a ter em conta no desempenho dos cargos de governo, segundo quatro princípios: o respeito pela subsidiariedade; a responsabilidade; a colaboração segundo o princípio da colegialidade ou sinodalidade; e a correção fraterna. Seguiu-se a divulgação dos resultados da sondagem feita no dia anterior para a eleição do Superior Provincial, sendo dada também a palavra aos três mais votados para manifestarem as suas disposições. Procedeu-se em seguida segundo o que determina o nosso direito: a aula capitular, quando perguntada, pronunciou-se, por unanimidade, a favor de que a eleição fosse feita no âmbito do próprio Capítulo; e quanto à duração do mandato do Governo provincial a maioria dos capitulares, por votação e invocando vários motivos, achou por bem solicitar ao Governo-geral um mandato por três anos, em vez dos seis anos previstos pelo nosso direito. Todavia o Superior Geral, depois de ter consultado o Governo-geral, não deu diferimento a essa modalidade, pelo que a duração do mandato do Governo provincial será pelo espaço de seis anos.

O segundo momento decorreu na capela da Casa com a exposição do Santíssimo e animado pelo Superior Geral. Cada um dos capitulares foi convidado a discernir em silêncio junto do Senhor a equipa do novo Governo Provincial. Finda essa cerimónia, os capitulares voltaram de novo à sala capitular para então se proceder à eleição do Superior Provincial, de cujo escrutínio resultaria eleito, logo na segunda votação e por maioria absoluta, o P. Carlos Alberto Candeias do Nascimento. O mesmo ao ser perguntado acerca da sua disposição, aceitou a nomeação que foi logo confirmada pelo Superior Geral. Seguiu-se a tradicional Profissão de Fé e Juramento do recém-eleito de novo na capela da Casa, bem como as saudações de cada uma dos capitulares. Deu-se assim por concluída a sessão matutina.

A sessão da tarde teve hoje o seu início pelas 16 horas. Num primeiro momento os trabalhos foram orientados pelo P. Gonzalo Fernández (P. facilitador). Após um momento de oração sob forma de escuta de um vídeo musical intitulado “O que queres de mim, Senhor”, o P. facilitador tendo em vista a ambientação para a fase de programação prevista no Capítulo, ofereceu uma reflexão acerca do sonho, no sentido de como é que imaginaríamos a Província de Fátima em 2030. Tendo em conta que os sonhos seriam lugares da Revelação de Deus e chaves para construir o futuro, o P. Facilitador elencou vários tipos ou exemplos de sonhos presentes na Sagrada Escritura (Is. 25, 6-8; 26,1-4; Lc 1, 51-53), em Sto. António Maria Claret (Aut. 490-491), e em grandes figuras do nosso tempo, como Gandhi, Nelson Mandela, Luther King e no Papa Francisco. Após essa meditação, os capitulares dirigiram-se para a Sala Cardeal Saraiva, onde me grupos procederam a uma espécie de lectio divina partilhada em torno a vários trechos bíblicos alusivos ao sonho. Seguiu-se uma dinâmica, também feita em grupos e depois partilhada em plenário, de como imaginaríamos a Província de Fátima em 2030. Da discussão surgiu a ideia de comunidades mais pequenas, mais interculturais, mais significativas, de portas abertas, que lidariam com menos estruturas, e que viveriam em missão partilhada com outros.

A segunda etapa dos trabalhos da tarde teve início às 18 horas. Os capitulares foram convidados pelo Superior provincial eleito a fazerem propostas quanto à forma como se organizaria o Governo provincial atendendo à complexidade da nossa Província de Fátima. A discussão contou com dois momentos distintos. Um na Sala capitular e outro na Sala do Cardeal Saraiva (por proposta de dois capitulares) em grupos e orientados pelo P. facilitador. Do debate surgiram várias propostas. A maioria pronunciou-se a favor de que pelo menos a maior parte dos membros do governo Provincial vivessem na mesma Casa; que os consultores assumirem algumas prefeituras e que fossem libertados doutros encargos. O Superior provincial terá em conta todos esses contributos à hora de propor oportunamente à aula capitular a forma de constituição da nova equipa do Governo Provincial.

Os trabalhos do dia concluíram-se com a recitação das Vésperas pelas 19:30.

 

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