Comentário do Domingo: XIX Tempo Comum

9 de Agosto de 2020. XIX Domingo do Tempo Comum Mt 12, 22-33

Após a multiplicação dos pães e dos peixes, Jesus manda os discípulos seguir para a outra margem do lago, enquanto Ele fica no monte, a orar. É madrugada, e, na barca, os discípulos, muitos deles pescadores, estão em sérias dificuldades, devido à tempestade. Tremem e gritam de medo, ao verem Jesus a caminhar sobre as ondas, pensando que é um fantasma. “Sou Eu, não temais”, diz Jesus. E Pedro, impulsivo como sempre, lança-se ao mar e afunda-se. Também muitos de nós se veem retratados na figura de Pedro. Parece que depositamos a nossa confiança em Jesus, mas quando sentimos qualquer dificuldade, duvidamos e afundamo-nos. A nossa confiança dá de si e temos de gritar: “Salva-nos, Senhor!”.
Viver hoje a nossa fé reveste-se de dificuldades. Já o tinha proclamado Jesus: “Ditosos sereis, se, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e vos caluniarem”. Temos de superar igualmente a nossa própria debilidade, a nossa infidelidade, a nossa falta de empenho, as nossas dúvidas. A nossa força decorre da nossa união com Jesus. É Ele quem nos mostra o caminho. Antes de passear sobre as águas, sobe ao monte para rezar.; antes de multiplicar os pães e os peixes, encomenda-Se ao Pai; antes de operar qualquer milagre, levanta os olhos ao céu, e no Horto das Oliveiras, coloca a sua vida nas mãos do Pai.
Necessitamos da oração, do contacto, da amizade com Jesus, para ultrapassar as dificuldades: a nossa carência de confiança. Que a Palavra e a Eucaristia deste domingo sejam o apoio de que necessitamos. Salva-nos, Senhor, pois, sem Ti, perecemos!
Juan Ramón Gómez Pascual, cmf

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