7 de abril de 2019 (5 T C C)
Não é raro encontrar, nos meios de comunicação social, notícias similares a esta: “Uma mulher, condenada à morte por adultério”. Nestes últimos dias, veicularam até que tinham sido instituídas novas leis sobre casos análogos, no Barein. Aduzem-se normalmente princípios religiosos. E os homens (quase sempre dirigentes) julgam, condenam e executam. E justificam-se com a vontade de Deus. Nós, os cristãos, temos a dita de seguir a interpretação que Jesus nos fornece: não julgar, não condenar, mas amar.
O evangelho deste domingo mostra-nos como procedeu Jesus, quando Lhe apresentaram uma mulher surpreendida em adultério. Ele interpela os que a acusam: “Quem entre vós estiver sem pecado, atire a primeira pedra”. Envergonhados, debandam todos. Todos haviam incidido em pecado. Mas Jesus não a condena. Oferece-lhe uma nova oportunidade. Manifesta-lhe o amor de Deus, não obstante o seu pecado.
Vislumbramos já o final da Quaresma, no começo da qual nos foi pedido que nos “convertêssemos”. Não apreciamos este vocábulo, porque o entendemos mal. Converter-se é esforçar-se por viver de acordo com os mesmos valores que Jesus proclama, ou seja, amando os outros, como Ele o fez..
Pode haver maior felicidade do que viver com o coração cheio de amor? Apesar de o saber, parece que continuamos a resistir. O nosso egoísmo impede-nos de dar um passo em frente. Hoje Jesus aconselha-nos a aproveitar esta nova oportunidade.
Seremos bem mais felizes.
Juan Ramón Gómez Pascual, cmf
