Comentário do Domingo: V de Páscoa

10 de Maio de 2020. 5º Domingo de Páscoa. Jo 14, 1-12

Não me agrada a política. Mas parece ser “o pão nosso de cada dia”, e tem de se conviver com ela e com os seus fautores. A globalização e os meios de comunicação dão-nos a conhecer, ao minuto, tudo o que acontece aqui, fora daqui e longe daqui. Não morro de amores pela política, porque se transformou num instrumento ao serviço dos políticos, dos interesses pessoais ou partidários, seja de que quadrante for. Esquecem-se que foram eleitos para servir os outros, na linha da justiça, da paz e do bem comum para todos, sem distinção. Provocam descontentamento nas pessoas, que se sentem defraudadas. Então, Deus sai ao nosso encontro. Convida-nos a apostar naquilo que não dececiona, e volta a recordar-nos: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai, senão por Mim”.
Não promete, age. Não indica, vai à frente. Não é preciso esperar para alcançar a meta, mas, ao percorrer esse caminho (“Amai-vos uns aos outros”), é que se consegue dar pleno sentido à nossa vida. Quem palmilha esse itinerário vai encontrar a sua própria verdade, viver feliz e saborear o amor, na sua vida.
Nenhum político é capaz de se dedicar, como o fez Jesus. A sua palavra, a sua vida, a sua morte e ressurreição convencem totalmente. Quem decidir seguir esse caminho nunca se sentirá desiludido.

Juan Ramón Gómez Pascual, cmf

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