Comentário do Domingo: Santissima Trinidade

16 de junho de 2019. (Santíssima Trindade)

Há muitas pessoas que se dizem ateus ou agnósticos. E, no caso de fornecerem alguma explicação para tal facto, podemos intuir que isso se ficou a dever à circunstância de lhes terem transmitido a imagem de um Deus, que não corresponde à que o Evangelho traça: um Deus, que deriva de definições teóricas, elaboradas pela mentalidade humana; um Deus, gizado pela teologia e pela filosofia, ciências que se servem apenas do raciocínio.
Ora, Deus é um mistério e, como tal, não pode estar ao alcance da razão. Só se chega a Ele, pelo gerar sentimentos e viver feliz. Os demais verificam-no de imediato, e não necessitam de explicações.
O mistério de Deus é um mistério de amor. Ele ama-nos, porque somos seus filhos e encontra-Se imerso na nossa vida. Não vive longe nem se identifica com esse personagem justiceiro que alguns nos pintaram. Ele fez-Se um de nós, deu-nos uma lição de vida e concedeu-nos o seu Espírito, para amarmos como Ele nos ama.
Quem “sente” Deus na sua vida, não precisa de definições; e quem vive d’Ele, transmite uma imagem de paz, amor e perdão.

Juan Ramón Gómez Pascual, cmf

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