Comentário do Domingo: III de Páscoa

26 de Abril de 2020. 3º Domingo de Páscoa. Lc 24, 13-35

São Lucas conta-nos, neste domingo, uma viagem ‘de ida e volta.
No final da tarde, dois discípulos caminham, tristes, cabisbaixos e desiludidos. Durante a viagem, junta-se a eles um estranho. Contam-lhe o motivo da sua tristeza e desilusão: “Nós esperávamos que fosse Ele o Messias”. Não tinham acreditado na palavra dos que, pela manhã, O haviam visto. E o desconhecido fornece-lhes, então, algumas explicações. Depois, ceia com eles e, quando lhes parte o pão, dão-se conta de que é mesmo Ele. Mas Ele desaparece da vista dos dois.
Então, regressam de imediato. Agora, avançam céleres e cheios de alegria, com os olhos e ouvidos bem abertos, a saborear as Escrituras, impacientes por anunciarem aos restantes o que lhes tinha acontecido: Ele está vivo e nós vimo-l’O!
É possível que, em alguns momentos, nos sintamos descoroçoados, com a esperança desfeita, perspetivando um futuro negro. É preciso que Ele Se manifeste na nossa vida e nos devolva o entusiasmo e a crença. É imprescindível que nos lembremos de outras palavras: “Eu estarei sempre convosco; nunca vos deixarei sós!”.
Vivemos novo domingo, o dia do encontro com o Senhor. Mais um momento propício para O sentirmos presente na fração do pão, na refeição familiar e na presença dos irmãos. Temos de nos sentir felizes, pois nos dirige a palavra, nos concede o seu perdão e nos revela o seu amor. E de descobrir a necessidade de comunicar a todos o grande acontecimento que estamos a viver: ‘Ele está vivo e atua no meio de nós!’.

Juan Ramón Gómez Pascual, cmf

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