Comentário do Domingo: Domingo de Ramos

5 de Abril de 2020. Domingo de Ramos. Mt 27, 11-54 (Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo)

Domingo de Ramos. Jesus entra em Jerusalém e é aclamado pelas multidões. É saudado com palmas e ramos de oliveira. Dá-se, assim, início à Semana Santa.
Dentro de poucos dias, muitos dos que hoje O aclamam vão pedir, gritando e de punhos fechados e com raiva, que O crucifiquem. Os apóstolos e o próprio Pedro, que quer defender Jesus a golpes de espada, irão negá-l’O a seguir. Dos 12, só João e alguma mulher, sem esquecer a sua Mãe, estarão junto à cruz. Todo um cortejo de ilusões e de fracassos, de euforias e derrotas, de intenções e deceções…
O impressionante relato que o evangelho de Mateus faz leva-nos a colocar a nossa vida, frente a Jesus. Quantas vezes me sucedeu o mesmo? Quantas promessas ficaram por cumprir? Quantas vezes eu O pus de lado? Vai acontecer isso, de novo?
A celebração deste ano será diferente. Vamos ter de viver deste dia, a partir de nossas casas, sem podermos ir à igreja. Se celebrarmos a entrada de Jesus em Jerusalém na perspetiva da sua missão salvadora, converteremos em realidade o Domingo de Ramos. Os ramos e as palmas podem ser os aplausos que, das varandas, dedicamos a todos os que se entregam sem reservas a realizar a ‘sua missão salvadora’. Descubramos neles a presença do Senhor, que nos trata e protege. E que dentro de dias, quando terminar a situação que agora vivemos, não nos identifiquemos com aqueles que negaram conhecê-l’O, mas que continuemos a amar e a dar valor aos nosso irmãos, pois neles está o Senhor.
Que a esperança de podermos chegar à Ressurreição seja a nossa fortaleza, nos momentos de debilidade.

Juan Ramón Gómez Pascual, cmf

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