Comentário do Domingo: 5 Novembro

Mateus 23, 1-12

Domingo, 5 de novembro 2023 (31º T O A)

“Jesus falou à multidão e aos discípulos, dizendo: «Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras, porque eles dizem e não fazem… Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado”.

 

Neste domingo, a Palavra de Deus dirige-se expressamente a todos aqueles que devem prestar um serviço na comunidade eclesial. Tanto o profeta Malaquias (1ª leitura) como Jesus no Evangelho lançam uma séria advertência aos chefes religiosos e, por extensão, a todos nós que, de alguma forma, desempenhamos um papel de responsabilidade na Igreja. Desde o Papa e os bispos até aos abades, superiores, religiosos, sacerdotes, irmãos mais velhos, e até ao último dos catequistas ou qualquer pessoa que exerça um cargo que deveria estar ao serviço dos outros.

Todos nós gostamos que o nosso trabalho seja reconhecido, que os nossos méritos sejam conhecidos e louvados, que sejam tomados em consideração. Isso é humano, é normal. Mas o Senhor não quer que nos deixemos arrastar pela vanglória e pede-nos que não nos deixemos chamar “mestre”, “senhor” ou “pai”, porque todos somos irmãos e irmãs e só um é o Senhor e Pai.

Qualquer ministério na Igreja é um serviço à comunidade. É uma “missão” que se recebe para servir, não para servir-se dela.

Por isso, como bons pastores, devemos estar na linha da frente, abrindo e mostrando o caminho, ensinando pelo exemplo. Dizer e fazer.

É uma boa oportunidade para cada um de nós analisar o seu papel na Igreja, de acordo com a missão que recebemos, como

pais, educadores, catequistas ou sacerdotes. É também uma boa ocasião para não esquecermos que, na nossa fraqueza, precisamos da oração e do apoio daqueles que devemos servir, para que procuremos sempre tornar o Evangelho presente nas nossas vidas.

E que, como nos diz hoje S. Paulo, cuidemos da comunidade “como uma mãe cuida dos seus filhos”.

 

Juan Ramón Gómez Pascual, cmf

Qual é o teu papel?

 

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