27 de Dezembro. A Sagrada Família B.
(Lc 2, 22-40)
Só passaram dois dias desde o Natal e hoje propomos uma breve reflexão sobre esta família recém-formada: a Sagrada Família. Fazemo-lo com base nos textos propostos na liturgia do dia. O Eclesiasticus fala-nos do amor e respeito pelos nossos pais, que nos servirão mesmo em reparação pelos nossos pecados. São Paulo recorda-nos que somos os escolhidos de Deus e que o perdão, a paz e o amor devem reinar na família. E São Lucas, no Evangelho, recorda-nos como Maria e José apresentaram o Menino no templo como a lei mandava, e que Jesus cresceu cheio de sabedoria e graça de Deus.
O início da Sagrada Família não foi fácil: nenhum lugar na estalagem, perseguido por Herodes, imigrantes no Egipto. Nem os momentos posteriores, que terminariam na cruz. Mas em todos os momentos estavam sob o olhar de Deus, aceitando e cumprindo a Sua vontade. Hoje, mais do que nunca, eles devem ser o espelho onde nos podemos olhar, aprender, e imitar. Sempre com a certeza de que Deus também está connosco.
Há muitas famílias que nestes tempos estão a passar por dificuldades económicas, problemas de saúde, avarias… A falta de diálogo, a desconfiança, a pouca capacidade de sacrifício, as posições fechadas perante as outras são a causa dos fracassos familiares. É necessário respeitarmo-nos mutuamente, voltar à ilusão dos primeiros momentos, e que o amor seja a base e o apoio antes de tudo o que vem. Que as crianças sejam a ilusão dos pais, e os pais o orgulho dos seus filhos.
Gostaria que estas palavras fossem um sopro de esperança e optimismo, de decisão e empenho, para todas as famílias que estão imersas em dúvidas e dificuldades e vêem o futuro como demasiado negro.
Parabéns a todos vós que fazem parte de uma família onde todos os membros são amados! Que o ano que está prestes a começar traga felicidade a todas as famílias.
Juan Ramon Gomez, cmf
