A LIDERANÇA DISCERNENTE: UM DESAFIO ECLESIAL E CONGREGACIONAL

Desde 2023 e seguindo o convite do Papa Francisco para que a Igreja se oriente para a evangelização do mundo de hoje através de uma liderança discernente, a Congregação tem vindo a implementar formação nesta matéria a todos os níveis. No caso da nossa Província, esta formação já foi realizada no Reino Unido, em Portugal e em Espanha, e estamos a aguardar a melhor oportunidade para a realizar também no Zimbabué (1 a 7 de setembro), tendo sido os membros do Governo Provincial os primeiros a recebê-la. Além disso, recordemos que os líderes são um foco preferencial da nossa missão; por isso, esta formação foi também adaptada e ministrada às equipas diretivas dos cinco colégios que temos em Espanha e Portugal.

Hoje, mais do que nunca, precisamos de lideranças capazes de ler e discernir os sinais do nosso tempo. Pessoas que, escutando o Espírito, saibam guiar-nos a partir do que são até ao que o mundo e a Igreja nos pedem.

Partilhamos convosco algumas das reflexões que surgiram nestas jornadas formativas. Continuamos a caminhar.

Como pode ajudar-te no teu contexto específico? Na vida comunitária e nas responsabilidades missionárias

“É especialmente útil para compreender as circunstâncias da minha vida comunitária. É útil para equilibrar as possíveis frustrações entre o “ideal” que projeto na comunidade e na congregação e a adequação à realidade que existe”.

“Na minha vida concreta: estar aberto aos outros. Na minha vida comunitária: saber acolher os dons dos irmãos. Nas minhas responsabilidades missionárias: estar atento às ações do Espírito Santo”.

“Está a ajudar-me a ser mais participativo e compassivo nas relações, bem como a tomar decisões mais ponderadas”.

“É importante ter consciência do que realmente podemos fazer. Ser realista ajuda e evita tensões e frustrações”.

 

Que desafios apresenta à tua forma de exercer a liderança?

“Cooperação e compreensão comunitária”.

“No trabalho pastoral não basta liderar. É essencial exercer uma liderança discernente. O discernimento é a peça-chave na ação”.

“O grande desafio é encontrar o equilíbrio entre a assertividade do meu carácter e a docilidade que necessita uma equipa e as pessoas que estão ao nosso cuidado. Sem ser brusco nem relativista, o verdadeiro desafio é como exercer a liderança com sabedoria”.

“O fundamental é mudar algumas rotinas e trabalhar mais em equipa”.

“É necessário melhorar a comunicação entre todos para tomar decisões em conjunto e, assim, procurar a vontade de Deus. A Intercomunicação”.

“Impulsiona-me a ser mais resiliente e audaz na comunidade e na missão”.

“Procurar sempre o lado positivo através de conversas abertas”.

“A importância do discernimento pessoal e comunitário na programação, realização, acompanhamento e avaliação da vida pastoral”.

 

Que luzes traz aos processos de discernimento e tomada de decisão?

“O adjetivo discernente confere ao simples exercício da liderança uma qualidade excecional, pois o que se pede a um líder é a capacidade de saber discernir em circunstâncias concretas e saber tomar decisões com juízo e critério espiritual”.

“Dar-nos conta que o trabalho em equipa é mais eficaz e mais eclesial”.

“Ajuda-me a compreender que o processo é importante para alcançar o objetivo final; é melhor escutar todos antes de decidir”.

“Que todos somos corresponsáveis pela nossa vida e missão”.

“Faz-me concluir que, no serviço da liderança, devo sempre procurar a vontade de Deus na missão que me é confiada e discernir o que é melhor para a comunidade e para o meu trabalho apostólico”.

“No contexto comunitário, creio que o principal é aprender a olhar para a realidade que nos rodeia com esperança. Talvez seja o mais difícil, mas acredito que é fundamental”.

“A importância da escuta e de um processo adequado de discernimento”.

“Não apressar os processos, mas realizá-los sinodalmente, com discernimento e oração”.

Start typing and press Enter to search