Tu piel sabe a canela,

a rito de sal,

tiempo y arena.

 

Tu piel besa mi pena;

sombra extraviada

que se dispersa.

 

Tu piel se dibuja,

en mis ojeras extenuadas,

y un cangrejo de luz

camina en tu espalda.

¡Para sentir, tú así,

mi amor y esperanza!

 

Tu piel sabe a una duna,

a barba, a arrecife,

y a frase de agua.

 

Tu piel; ola salina,

mapa de arena,

templo de algas.

 

Tu piel se tatúa

en mis heridas cansadas,

y entre muelles y peces

se va tu mirada.

¡Para sentir, yo así,

tu amor y esperanza!

                                                                                 

Ramón Uzcátegui Méndez, sc

(FOTO: Carolina Heza)

 

A TUA PELE

A tua pele sabe a canela,

um rito de sal,
tempo e areia.

A tua pele beija a minha tristeza;
sombra perdida
que se dispersa.

A tua pele é desenhada,
nas minhas olheiras exaustas,
e um caranguejo de luz
caminha nas tuas costas.
Para sentir-te, assim,
meu amor e esperança!

A tua pele sabe a duna,
a barba, a recife,
e a uma frase na água.

A tua pele; onda salina,
mapa de areia,
templo de algas.

A tua pele está tatuada
nas minhas feridas cansadas,
e entre as docas e os peixes
o teu olhar desaparece.
Sinto, assim,
o teu amor e esperança.

Ramón Uzcátegui Méndez, sc

(FOTO: Carolina Heza)

 

Start typing and press Enter to search