Comentário do Domingo: 6 de Novembro

Lucas 20, 27-38:

Domingo, 6 de novembro de 2022 (32º T O C)

 

Um grupo de saduceus, que não creem na ressurreição, aproximou-se de Jesus com uma pergunta delicada. Mais uma vez, Jesus não lhes responde diretamente mas vai ao que realmente importava, ao que estava por trás da pergunta: a ressurreição dos mortos.

Há, entre nós, muitos cristãos que levantam esta questão. Talvez o desconhecimento do que virá depois da nossa vida terrena, o não saber como será, nem como viveremos, ou como nos relacionaremos, faz com que se inclinem para outras opções, que segundo eles, são mais acessíveis para o entendimento humano. Não podemos imaginar algo que desconhecemos totalmente, algo do qual não há indícios. A partir da nossa forma de ser não podemos entender o que em si é um mistério. Pretendemos abarcar e compreender com a mente humana o que é matéria de fé, de confiança na palavra do Senhor. Só temos a palavra do próprio Jesus que nos diz que Deus é um Deus de vivos, não de mortos. Que para Ele todos estamos vivos, mas de forma diferente.

Mas a nossa fé, a certeza da ressurreição futura, é a chave para o cristão. São Paulo diz-nos: “Se Cristo não ressuscitou, a nossa fé é vã; somos os mais desgraçados dos homens e permanecemos nos nossos pecados… Nem o olho viu, nem o ouvido ouviu o que Deus tem preparado para os seus eleitos…”.

Não se pode ser cristão sem crer na ressurreição. Primeiro na de Cristo, depois na de todos os outros. Assim o afirmamos no Credo.

A palavra de Jesus, quando nos fala da sua ressurreição e da nossa, deveria bastar-nos. Contamos também com o relato daqueles que o viram ressuscitado e deram a vida pelo que acreditavam. Aliás, temos o exemplo daqueles que, pela sua fé, fizeram das suas vidas o testemunho mais claro da sua certeza na ressurreição.

É assim a nossa fé? É esta também a nossa esperança?

 

Juan Ramón Gómez Pascual, cmf

Tens fé na ressurreição?

 

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