Comentário do Domingo: 6 de Junho

Marcos 3, 20-35:

 

Domingo, 6 de junho de 2021 (10º T O B)

 

“Sou um incompreendido. Ninguém me entende” Isto poderia dizer Jesus no que nos é relatado hoje no Evangelho de São Marcos: “Naquele tempo, Jesus chegou a casa com os seus discípulos. E de novo acorreu tanta gente, que eles nem sequer podiam comer”. Eram muitos os que queriam ver os seus milagres e ouvir o que dizia. Mas a sua própria família não tinha a certeza: “puseram-se a caminho para O deter pois diziam «Está fora de si»”. Além disso, os sábios e os eruditos acusavam-no de ser “pelo chefe dos demónios que Ele expulsa os demónios”. Já dizia Jesus que nenhum profeta é bem-recebido na sua terra.

Jesus convida-os a ouvi-Lo e clarifica-lhes a sua incongruência: como vai lutar Ele contra si mesmo? Eles recusam-se a reconhecer que é o próprio Deus quem atua. Eles não querem reconhecer a verdade. Não é Belzebu quem atua, mas a força do Espírito. Recusam-se a aceitar o que é evidente. E isto é uma blasfêmia contra o Espírito. Isto não pode ser perdoado. Eles mesmos excluem-se do perdão de Deus.

A nossa posição, evidentemente, não é como a dos escribas e dos eruditos, pois reconhecemos que com Jesus fez-se presente o Reino de Deus. Mas devemos também perguntar-nos se, por vezes, não nos parecemos com eles. Temos tendência a julgar aqueles que não pensam como nós, inclusivamente a não reconhecer os seus valores. Rejeitamo-los. E é a nossa própria fraqueza que nos leva a não cumprir o nosso compromisso cristão. No Batismo renunciamos ao mal e comprometemo-nos a fazer o bem. Somos chamados a colaborar com Jesus na sua luta contra o mal. Contamos com a força do seu Espírito. Se o aceitarmos e vivermos, seremos a família de Jesus.

 

Juan Ramón Gómez Pascual, cmf

 

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