Comentário do Domingo: 14 de Fevereiro

Marcos 1, 40-45:

 

14 de fevereiro de 2021 (6º A B)

 

É possível que muitos de nós já tenhamos sido protagonistas de situações semelhantes à que aconteceu num domingo em certa paróquia, durante missa das crianças. Estava a começar a eucaristia, quando entrou uma pessoa com uns panos na cabeça, pobremente vestida, um pouco suja e de porte algo estranho. Sentou-se num banco onde estava uma família, um casal com dois filhos de 7 ou 8 anos. Olharam para ela, levantaram-se e foram ocupar outro banco. O pobre, porém, ao ver isso, sentou-se no mesmo banco, e eles de novo se afastaram dele.

Depois do leitura do Evangelho, o padre pediu ao pobre que subisse ao altar, tirou-lhes as vendas e a roupa suja, limpou-lhe as manchas da cara e, para surpresa de todos, apareceu o rosto de um dos catequistas, que se disfarçara para o efeito.

Este tipo de reação ocorre frequentemente em relação a certos tipos de pessoas: os sem-abrigo, os ciganos, os árabes… parece que nos provocam medo. O mesmo acontecia, no tempo de Jesus. A lei ordenava até que essas pessoas vivessem em separado. Mas Jesus vai mostrar que atitude deve assumir o cristão: não foge deles, não os rejeita, mas toca-os. A cura brota da fé do leproso. E Jesus reintegra-o na comunidade.

Jesus coloca-se no lugar do outro e trata-o como ele gostaria de ser tratado. E indica-nos: “O que fizerdes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim o estais a fazer.”

Deixo-me levar só pelas aparências? Vejo os outros como filhos amados de Deus? Trato-os como irmãos?

Neste domingo, celebramos a campanha Mãos Unidas contra a fome. Estamos conscientes de que, nestes tempos de pandemia, são muitas as famílias que se encontram numa situação extremamente difícil. Não devemos perder a oportunidade de deitar uma mão a todos aqueles que precisam de nós.

 

Juan Ramón Gómez Pascual, cmf

 

Start typing and press Enter to search