Marcos 8, 27-35:
Domingo, 12 de Setembro de 2021 (24º T O B).
No tempo de Jesus o povo judeu estava ansioso pela chegada de um messias, um salvador. Ao longo da sua história Israel sofreu uma opressão constante por parte de outros povos mais fortes (Egipto, Assíria, Babilónia, Grécia…). Neste momento, são os romanos que os oprimem. Clamam por um salvador e muitos acreditam vê-lo em diferentes personagens (João Batista, Elias, um dos profetas…). Por isso Jesus pergunta aos discípulos: “Quem dizem os Homens que Eu sou?” (outra denominação para o messias esperado). Depois de ouvir as suas respostas, pergunta-lhes diretamente: “E vós, quem dizeis que Eu sou?” De novo Pedro, tão impulsivo, e impulsionado pelo Espírito de Deus, toma a palavra e responde: “Tu és o Messias”. E Jesus pede aos doze que não digam a ninguém que Ele é o Messias. E ao explicar o que isto significava de entrega e sofrimento até ao fim, Pedro, a partir da sua fé imatura, não entende o que está a dizer o Mestre. Nem ele nem os outros estão em condições de entender o que Jesus diz. E menos ainda quando Jesus lhes disser para que cada um “renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.
Há ocasiões em que devemos estar dispostos a dar testemunho da nossa fé: “Vós, quem dizeis que Eu sou?” Quem é Jesus para mim? O que significa na minha vida? Sou capaz de manifestar a minha fé em ambientes contrários? “Senhor Deus vem em meu auxílio”, diz-nos o profeta Isaías na primeira leitura. O apóstolo Tiago, na segunda Leitura, diz-nos que esta fé deve ser mostrada com obras.
Jesus já ressuscitou e manifesta-se vivo àqueles que acreditam nele. Os discípulos partiram por todo o mundo a contar esta novidade, mesmo colocando em risco as suas próprias vidas. E por meio deles essa fé chegou até nós.
Que na participação na Eucaristia do domingo, ao escutar a Palavra de Deus, sintamos a presença do Espírito nas nossas vidas e que o Espírito seja a força que precisamos para viver e proclamar Jesus como nosso Messias e Salvador.
Juan Ramón Gómez Pascual, cmf
