Celebrar o 175º aniversário das missões de Claret nas Ilhas Canárias foi um convite para revitalizar a nossa vocação e renovar a nossa missão, tornando-a mais autêntica e eficaz. O que podemos aprender hoje da forma como Claret conseguia comover as multidões e facilitar-lhes o encontro com Deus? Diziam que “…parecia que falava de coração para coração…”. Claret dirigia-se ao coração porque a verdadeira evangelização consiste em mostrar o amor de Deus a todas as pessoas, especialmente àquelas que não se sentem amadas. Precisamos de escutar e compreender o coração daqueles que se sentem sozinhos ou desamparados, que emigraram para terras estrangeiras, que não têm casa nem família, que se sentem vazios ou perdidos… e também o coração daqueles que nos odeiam ou rejeitam. E na nossa fraqueza, só seremos reflexo do amor de Deus quando cuidamos tanto da nossa espiritualidade quanto da nossa atividade missionária, para que a nossa comunhão com Ele seja plena e possamos dizer como Claret: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.”
Miguel Ángel Sosa
