Lucas 6, 17.20-26:
Domingo, 13 de fevereiro de 2022 (6º T O C)
O Evangelho de hoje apresenta-nos o Senhor a ensinar de novo a uma multidão vinda de diferentes lugares. Nos seus ensinamentos, Ele deixa-nos muito claros quais devem ser os critérios de vida para ser seu discípulo.
E, como acontece frequentemente, estes critérios não correspondem muito aos das pessoas que o ouvem nem aos nossos. As suas palavras podem produzir perplexidade e contradição.
Ele não fala de “outro mundo”, mas do nosso, no qual há pessoas que não têm escrúpulos em enriquecer ou saciar-se à custa dos outros, e enquanto uns riem, os outros choram. No nosso mundo, felicitamos os ricos, os bem-sucedidos e aqueles que são aplaudidos por todos.
Jesus está a denunciar este modo de vida quando proclama as bem-aventuranças. Ele diz-nos que esse não é o plano de Deus para a humanidade, que a verdadeira felicidade não pode ser atingida pondo a confiança nas coisas materiais e na própria satisfação, mas na preocupação pelos outros a partir da confiança em Deus. Ser seguidor de Jesus não é fácil. Nem todos o compreendem. Não consiste apenas em estar batizado ou em fazer orações, mas em crer n’Ele, confiar na sua palavra e seguir o seu modo de vida, mesmo que nos pareça difícil.
Com duras palavras, também Jeremias recorda-nos isto na primeira leitura: “maldito quem confia no homem, afastando o seu coração do Senhor”. Jesus aponta-nos para uma felicidade mais definitiva do que as passageiras que este mundo nos oferece.
Juan Ramón Gómez Pascual, cmf
Entendes o que é ser seguidor de Jesus?